quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mais 3 Tachos

1.ª SITUAÇÃO
Filipe Baptista
Conhecem? Eu não. Até ler o artigo da Sábado. Mas este senhor deve ter grandes méritos. Senão vejamos.
Quando Sócrates era Ministro do Ambiente este senhor era o seu chefe de gabinete. Depois foi promovido. Passou a Secretário de Estado adjunto, função que exerceu até 26 de Outubro de 2009. Depois ... o desemprego Calma! Apenas por 17 dias. A 12 de Novembro é nomeado vogal do concelho de administração da ANACOM, entidade reguladora para as comunicações. Antes, como secretário de Estado recebido brutos num ano, 64.400€; agora como vogal da ANACOM recebe 198.772€ por ano + viatura sem motorista.
Experiência no sector das comunicações?? NENHUMA.
2.ª SITUAÇÃO
Alda Borges Coelho
Mais uma desconhecida, pelo menos para mim. Esta senhora conseguiu um feito digno de registo.Passou de diretora da Federação Portuguesa de Rugby a vogal do Conselho de administração da ANA.
Salário anual, 109.786€ brutos.
3.ª SITUAÇÃO
Fernando Gomes
Deste eu lembro-me. Presidente da Câmara do Porto, Ministro, sem história, da administração interna, e, de repente, sem que nada o fizesse adivinhar, passa a administrador de empresas.
De deputado para o conselho de administração da GALP.
Salário base, 349.000€ + 30.000€ em prémios anuais + 88.000€ em PPR + 62.000€ em subsidio de renda de casa e deslocações. Total: 529.000€ por ano.
Quem nomeou Fernando? José, ele mesmo, José Sócrates.
Na semana passada o Governo anunciou aquilo que são, provavelmente, as medidas mais duras de sempre de corte da despesa. 500 mil pessoas vão ver os seus rendimentos diminuir, através de cortes nos salários; uma vasta massa da população vai ser afetada, ou porque os filhos vão perder o abono de familia, ou porque a sua pensão vai começar a pagar impostos quando antes não pagava, ou porque o rendimento vai ficar congelado, ou, porque pura e simplesmente, o IVA vai subir e ao subir retrai o consumo.
A toda a hora estão a impingir-nos com a necessidade de rigor, com a necessidade de gastar menos, com pseudo-explicações do porquê deste aperto. O que se torna cada vez mais claro é que quem gere a coisa pública faz uma má gestão, toma decisões erradas, esbanja.
No dia 23 de Julho deste ano, já em plena crise declarada pelas oposições, economistas, comentaristas, jornalistas, menos pelo Governo, este procede a mais uma nomeação para uma empresa pública. Tratou-se de Ana Tomaz, de 35 anos, nomeada administradora das Estradas de Portugal.
Salário bruto, 151.200€ por ano + mais carro de serviço + combustível + telemóvel.
Esta senhora que pode ser muito boa pessoa, de experiência de gestão não tem nenhuma. Antes era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos.
Isto é a imoralidade total.
Um regime legitima-se pelo voto popular. Mas só o voto não chega. A legitimidade vem das práticas, da ética na governação da coisa publica, da moralidade dos politicos e dos governantes.
Hoje, em Portugal assistimos a uma governação sem ética, entregue a politicos sem moral. Quanto a mim o actual regime perdeu toda a legitimidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário